Author: Kelly Marques
•6:31 AM

Eu era supervisor e incentivador dos treinamentos que ali eram realizados e um dia vivi uma experiência muito instrutiva.
Tomei um lugar vazio no fundo da sala e assisti.
Todos os alunos estavam trabalhando numa tarefa, preenchendo uma folha de caderno com idéias e pensamentos. Uma aluna de dez anos, mais próxima de mim, estava enchendo a folha de “não consigos”.
“Não consigo chutar a bola de futebol além da segunda base”.
“Não consigo fazer divisões longas com mais de três números”. 
“Não consigo fazer com que a Debbie goste de mim”.
Caminhei pela sala e notei que todos estavam escrevendo o que não conseguiam fazer.
“Não consigo fazer dez flexões”.
“Não consigo comer um biscoito só”.
A esta altura, a atividade despertaria minha curiosidade, e decidi verificar com a professora o que estava acontecendo e percebi que ela também estava ocupada escrevendo uma lista “não consigos”.
Frustrado em meus esforços em determinar porque os alunos estavam trabalhando com negativas em vez de escrever frases positivas, voltei para o meu lugar e continuei minhas observações.
Os estudantes escreveram por mais dez minutos. A maioria encheu sua página. Alguns começaram outra.
Depois de algum tempo os alunos foram instruídos a dobrar as folhas ao meio e colocá-las numa caixa de sapatos, vazia, que estava sobre a mesa da professora.
Quando todos os alunos haviam colocado as folhas na caixa, a professora acrescentou as suas, tampou a caixa, colocou-a embaixo do braço e saiu pela porta do corredor. Os alunos a seguiram. E eu segui os alunos.
Logo à frente a professora entrou na sala do zelador e saiu com uma pá.
Depois seguiu para o pátio da escola, conduzindo os alunos até o canto mais distante do parquinho.
Ali começaram a cavar.    
Iam enterrar seus “não consigo”! Quando a escavação terminou, a caixa de “não consigos” foi depositada no fundo e rapidamente coberta com terra.
Trinta e uma crianças de dez e onze anos permaneceram de pé em torno da sepultura recém cavada.
A professora então proferiu louvores.
“Amigos estamos hoje aqui reunidos para honrar a memória do ‘não consigo’.
Enquanto esteve conosco aqui na Terra, ele tocou as vidas de todos nós, de alguns mais do que de outros. Seu nome, infelizmente, foi mencionado em cada instituição pública – escolas, prefeituras, assembléias legislativas e até mesmo na Casa Branca. Providenciamos um lugar para seu descanso final e uma lápide que contém seu epitáfio. Ele vive na memória de seus irmãos e irmãs ‘eu consigo’, ‘eu vou’ e ‘eu vencerei’. Que ‘não consigo’ possa descansar em paz e que todos os presentes possam retornar suas vidas e ir em frente na sua ausência. Amém!”
Ao escutar as orações que aqueles alunos jamais esqueceriam a lição. A atividade era simbólica: uma metáfora da vida. O “não consigo” estava enterrado para sempre.
Logo após, a sábia professora encaminhou os alunos de volta á classe e promoveu uma festa. Como parte da celebração, a professora recortou uma grande lápide de papelão e escreveu as palavras “não consigo” no topo, “descanse em paz” no centro, e a data embaixo. A lápide de papel ficou pendurada na sala de aula durante o resto do ano.
Nas raras ocasiões em que um aluno esquecia e dizia “não consigo”, a professora simplesmente apontava para o cartaz de descanse em paz. O aluno então se lembrava que “não consigo” estava morto e reformulava a frase.
Eu não era aluno dela. Ela era minha aluna. Ainda assim, naquele dia aprendi uma lição duradoura com ela. Agora, anos depois, sempre ouço a frase “não consigo”, vejo imagens daquele funeral da quarta série. Como os alunos, eu também me lembro de que o “não consigo” está morto.
Faça o mesmo você também: exclua de sua vida o “não consigo”, “não posso”, “não sou capaz”, “nunca vencerei”. Anime-se, vá à luta e verás que você tudo pode naquele que me fortalece.

Que Deus te abençoe abundantemente!
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