Author: Kelly Marques
•6:43 AM

De nacionalidades, classes e raças diferentes, os obreiros são fundamentais no trabalho da IURD





Bem antes de a reunião começar, eles já estão espalhados por toda a igreja. Alguns, na porta, recebem carinhosamente as pessoas que chegam; outros dividem as responsabilidades internas, como manter organizados os elementos que serão utilizados durante o culto. Há ainda aqueles que supervisionam o altar, os bancos, enfim, toda a estrutura física que compõe o templo, para que quem chegue sinta-se bem e confortável.

Mas, muito além de manter a ordem no local, os obreiros têm uma missão para lá de especial: receber e acolher o povo que chega, para que todos, sem distinção, encontrem respostas para as suas aflições e o caminho da salvação eterna.

Eles são jovens, estudantes, senhores, senhoras, empresários, donas de casa e aposentados. Apesar de toda diversidade, juntos caminham com um objetivo comum: o de ganhar almas para o Reino de Deus.

“Eles são muito importantes para o trabalho de bispos e pastores. Para ser obreiro é necessário ser batizado com o Espírito Santo e ter se entregado totalmente a Deus, ou seja, ser fiel à Palavra do Senhor”, comenta o bispo Sérgio Correa, que recebeu a responsabilidade do bispo Edir Macedo de cuidar dos obreiros em todo o Brasil.

Considerado o “braço direito” do pastor antes, durante e após as reuniões, o obreiro não está ali apenas para fazer número, tampouco para embelezar a igreja com o seu uniforme impecável. De acordo com a direção da Igreja Universal do Reino de Deus (IURD), eles são milhares espalhados pelo Brasil todo, em milhares de templos: das catedrais aos cenáculos mais longínquos e simples.

Os obreiros sabem do seu papel e da importância de estar na mesma sintonia que a direção da Igreja. Cientes do valor e do respeito à hierarquia, eles participam regularmente de reuniões, onde são orientados espiritualmente e recebem direcionamento para o trabalho que exercem.

“Em cada estado será nomeado um pastor, que será orientado para que possa acompanhar o trabalho destes obreiros, pessoas fundamentais para a Igreja”, define o bispo Sérgio.



“Sou quase o número 1”

Os trabalhos destes voluntários não se restringem aos cenáculos, eles também estão inseridos em algum grupo de evangelização (hospital, presídio, casas de recuperação, entre outros) e dão tudo de si para levar o conhecimento da Verdade a toda criatura.

Obreiro ativo na IURD desde o início do trabalho evangelístico, o aposentado Albino da Silva, de 88 anos, conta que teve o privilégio de trabalhar com o bispo Edir Macedo no Coreto do Méier, no Rio de Janeiro, local onde o bispo fazia reuniões ao ar livre. Ele não consegue mais atuar como antes na Igreja por questões físicas, mas ainda se lembra de histórias curiosas.

“Fui eu quem arrumei a antiga funerária para ele alugar. Éramos ativos, fazíamos tudo com muito prazer, pois, o bispo sempre foi valente, uma pessoa de visão e fé impressionantes”, comenta.

Albino também relata que é o membro número 2 da Igreja Universal e um dos primeiros obreiros.

“Só perco a posição para minha esposa, falecida há 5 anos. A minha carteira de membro se tornou uma relíquia que guardo com carinho”, sorri, mostrando a antiga carteirinha.

Acostumado com os milagres que até hoje vê ocorrer nas reuniões da Igreja, ele conta que recebeu vários: “Minha esposa sofria com ataques que a deixavam como se estivesse morta e eu achava que um médico poderia resolver a situação. Ela estava sem esperanças, mas apelou para Deus, passou a ir às reuniões no coreto e ficou curada. O problema dela era espiritual. A partir daí, entendi que o Senhor Jesus é poderoso. Passei a servi-Lo de todo coração”, garante.

Não há barreiras

Lilian Coelho Santos, de 21 anos, está há 5  na Igreja Universal, dos quais, 3 anos e dois meses como obreira. Atualmente, a jovem, que já foi viciada em drogas dos 11 aos 16 anos, faz parte do corpo de obreiros da IURD do Parque Jandaia, na região de Carapicuíba, Grande São Paulo.

Segundo explica, aos 14 anos começou a “surfar” em cima dos trens, uma prática muito perigosa que consiste em fazer movimentos de surfe sobre os vagões. “Um dia eu caí e o trem passou por cima de uma das minhas pernas, que teve de ser amputada”, relembra Lilian que, 2 anos depois chegou à Igreja, se libertou das drogas, deu a volta por cima e atualmente cuida do grupo de adolescentes TF Teen (Turminha da Fé Jovem) da Igreja onde é obreira.

Lilian usa uma prótese na perna esquerda e não vê impedimento algum em trabalhar na Igreja.

“É com grande alegria que colaboro com a obra de Deus, para mim é uma felicidade imensa”, garante.

De todas as idades

Apesar de bastante jovem, a obreira Gabrielly de Macedo Jorge, de 15 anos, é um exemplo de que idade não influencia quando se tem o sincero desejo de ajudar ao próximo. Ela e os pais são obreiros na matriz da IURD, no bairro do Brás. “Antes de ser obreira, eu sempre procurava me dedicar evangelizando, então, o Espírito Santo viu em mim um desejo de servir a Deus, que nada mais é do que ganhar almas para Ele. Faço esse trabalho há 1 ano, ao lado dos meus pais, e me sinto muito feliz e realizada, pois Deus tem me usado muito!”, diz a jovem, feliz.

http://www.folhauniversal.com.br
Angola: Obreiras de Fé
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